O Irã realizou mais dois testes de mísseis balísticos nesta quarta-feira de alcance de 1.400 km, com a frase estampada “Israel deve ser destruído”, escrita em hebraico. Ontem, o país já tinha feito o lançamento de vários mísseis durante exercícios militares. A região do Irã mais próxima de Israel fica a cerca de 1.000 km de Tel Aviv e Jerusalém.
“Foram disparados mísseis Qadr H e Qadr F de longo alcance (…) que destruíram alvos em locais identificados” na costa sudeste do Irã, informou a Guarda Revolucionária do Irã, citando o general Hossein Salami.
Os lançamentos são mais uma demonstração de força da República Islâmica, enquanto o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, visita Israel.
Esse tipo de frase já foi estampada em mísseis anteriormente, mas este teste ocorreu logo após a implementação do acordo nuclear com potências mundiais, incluindo os EUA.
Não houve reação imediata de Jerusalém, onde Biden está reunido com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se opôs fortemente ao acordo nuclear. Biden, falando ao lado de Netanyahu, não reconheceu o lançamento de mísseis diretamente, mas emitiu uma forte advertência aos iranianos.
“Um Irã com armas nucleares é uma ameaça absolutamente inaceitável para Israel, para as regiões e para os Estados Unidos…se de fato eles quebrarem o acordo nuclear, nós vamos agir”, disse ele.
A agência de notícias semioficial Fars citou Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã, dizendo que o teste teve como objetivo mostrar a Israel que o Irã
poderia atingi-lo.
“O alcance de 2.000 km de nossos mísseis é para enfrentar o regime sionista de Israel”, disse Hajizadeh. “Israel está cercado por países islâmicos e isso não vai durar muito tempo para inicir uma guerra. Israel entrará em colapso, mesmo antes de ser atingido por esses mísseis”. No entanto, Hajizadeh ressaltou que o Irã não vai disparar os mísseis ou iniciar uma guerra com Israel.
O Ministério de Relações Exteriores de Israel não quis comentar imediatamente sobre as declarações. Fonte: Associated Press