Embora sanções recentes dos EUA contra algumas entidades iranianas sejam prejudiciais para a criação de confiança, elas não vão ferir o princípio das negociações sobre o programa nuclear de Teerã, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rouhani, no sábado, segundo a agência de notícias Xinhua.
As novas sanções dos EUA são incompatíveis com o acordo nuclear de Genebra e isso “vai aprofundar a desconfiança” e pode prejudicar a confiança mútua, afirmou o presidente iraniano em uma coletiva de imprensa.
“Vamos continuar as negociações até chegarmos a um acordo amplo sobre a questão nuclear do Irã”, disse Rouhani, acrescentando que, se não for alcançado um acordo final, haverá em movimento para trás, para a situação que existia há um ano.
“Isso significa que o regime de sanções já começou a se quebrar e vamos continuar a desmantelar o sistema de sanções”, frisou. “Vamos nos manter contra essa invasão e estamos orgulhosos de contornar as sanções”, disse ele.
Enquanto isso, o lado iraniano está determinado em alcançar o acordo final com o grupo conhecido como P5+1, incluindo os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha, acrescentou.
Com certeza, o caminho das negociações é “difícil e complicado”, mas tem sido observado algum progresso nas últimas rodadas de negociações, disse Rouhani, ao pedir que os negociadores norte-americanos continuem as conversações com “boa vontade” e evitem o que ele chamou de “novas exigências”, segundo a Xinhua.
Na sexta-feira, os EUA impuseram sanções contra uma série de indivíduos iranianos e entidades ao mesmo tempo em que prometeu trabalho contínuo em direção a uma solução abrangente para o controverso programa nuclear da República Islâmica.
O Departamento do Tesouro dos EUA disse que as sanções foram tomadas devido a um suposto apoio aos programas de mísseis e nuclear do Irã e para ajudar Teerã se desviar das medidas punitivas já existentes.
O Irã e o P5+1 concordaram em 19 de julho em estender as conversas até 24 de novembro uma vez que discordâncias permaneceram sobre a capacidade de enriquecimento de urânio de Teerã e outras questões. Fonte: Dow Jones Newswires.