O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Bahram Ghasemi, disse que a renúncia do primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, é um plano dos Estados Unidos, de Israel e da Arábia Saudita para fomentar tensões no Líbano e na região, segundo a agência iraniana de notícias Tasnim. Ghasemi afirmou também que as acusações de Hariri não têm fundamento.
Hariri anunciou mais cedo que decidiu renunciar ao cargo e acusou o Irã e o grupo Hezbollah de interferir em assuntos árabes. A renúncia acontece num momento em que os sauditas vêm elevando o tom de suas acusações contra o Irã e coloca o Líbano no centro dessa rivalidade.
Hazem al-Amin, um escritor libanês que acompanha assuntos regionais, disse que a renúncia de Hariri foi orquestrada pela Arábia Saudita e tem como pano de fundo a atmosfera contrária ao Hezbollah e à influência iraniana na região. “O Líbano é um país frágil. Esse confronto (entre Arábia Saudita e Irã) é mais violento do que o Líbano pode suportar”, disse, acrescentando que pode haver ramificações na economia e na segurança do país.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a renúncia e as declarações de Hariri são um alerta para que a comunidade internacional adote medidas contra as agressões do Irã. “Essa agressão coloca em perigo não apenas Israel, mas todo o Oriente Médio. A comunidade internacional precisa se unir contra essa agressão”, disse. Fonte: Associated Press.