O primeiro-ministro iraquiano Haidar al-Abadi disse nesta quinta-feira que militantes do Estado Islâmico detidos em seu país contaram a agentes de inteligência do Iraque sobre um suposto plano para atacar redes de metrô nos Estados Unidos e em Paris.
Um graduado funcionário da administração Barack Obama, que falou em condição de anonimato, disse que ninguém no governo norte-americano estava ciente do plano e que o assunto não foi discutido nas reuniões com autoridades iraquianas em Nova York. Mas seis autoridades francesas contatadas pela Associated Press afirmaram saber dos planos de ataque.
O premiê iraquiano disse que ficou sabendo do plano por meio de funcionários em Bagdá e que o projeto seria trabalho de combatentes estrangeiros que se uniram ao grupo Estado Islâmico no Iraque, dentre eles cidadãos franceses e norte-americanos.
Perguntado se os ataques eram iminentes, al-Abadi declarou “não tenho certeza”. Ao ser questionado sobre se os ataques haviam sido frustrados, ele afirmou que “não, não foi irrompido ainda…trata-se de uma rede”.
“Hoje, enquanto estou aqui, recebo relatos minuciosos de Bagdá de que houve prisões de alguns elementos e que há uma rede dentro do Iraque para atacar…metrôs em Paris e nos Estados Unidos”, disse al-Abadi, falando em inglês. “Eles não são iraquianos. Alguns são franceses, alguns são norte-americanos. Mas eles estão no Iraque.”
Ele fez as declarações durante um encontro com jornalistas às margens do encontro com líderes mundiais, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Al-Abadi recusou-se a dizer em que lugar dos Estados Unidos os ataques aconteceriam.
John Miller, principal oficial de contraterrorismo da Polícia de Nova York, disse estar ciente das declarações do premiê iraquiano e afirmou que “estamos em contato próximo com o FBI e outros parceiros federais enquanto avaliamos esta ameaça em particular”. Nova York tem o maior sistema de metrô dos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.