Iraque e Nigéria, dois dos principais integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disseram nesta terça-feira não ver necessidade de ampliar a oferta de petróleo, num momento em que os preços do barril se aproximaram ainda mais da marca de US$ 100 após a Rússia determinar o envio de tropas para o leste da Ucrânia.
"Demanda e oferta estão equilibradas hoje", disse o ministro do petróleo iraquiano, Ihsan Abdul Jabbar, cujo país é o segundo maior exportador do Oriente Médio, às margens de uma cúpula sobre gás natural em Doha, capital do Catar.
Segundo ele, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e o grupo de aliados liderados pela Rússia deixarão para decidir sobre seus níveis de produção em reunião no próximo mês.
Já Timipre Sylva, ministro do petróleo da Nigéria, argumentou que conversas para reavivar o acordo nuclear de 2015 com o Irã, que estão próximas de ser finalizadas, trarão alívio aos mercados. "Esperamos que a produção cresça se o acordo nuclear com o Irã der certo", visto que os iranianos ampliarão sua oferta, disse Sylva a repórteres.
Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou o envio de tropas para duas regiões separatistas da Ucrânia depois de reconhecer sua independência, num gesto que comprometeu negociações com o Ocidente pela segurança futura do Leste Europeu.
Durante a madrugada, o petróleo WTI chegou a subir mais de 4% na New York Mercantile Exchange (Nymex).