As autoridades iraquianas afirmaram neste sábado, 20, estarem investigando uma explosão que atingiu uma base pertencente às Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês), uma coligação de milícias aliadas ao Irã. O ataque matou uma pessoa e deixou oito feridos.
Os responsáveis da milícia descreveram inicialmente a explosão na base militar de Kalsu, a norte da Babilônia – uma antiga base dos Estados Unidos que foi entregue aos militares iraquianos em 2011 – como um ataque aéreo, atribuindo a culpa às forças norte-americanas. O Comando Central dos EUA negou em comunicado que tenha realizado qualquer ataque aéreo no Iraque. A Célula de Mídia de Segurança do Iraque disse que o comando de defesa aérea do país não detectou nenhum drone ou avião de combate no espaço aéreo da Babilônia antes ou durante a explosão.
A PMF é uma coligação de grupos armados principalmente xiitas, apoiados pelo Irã, designados como uma "formação militar independente" dentro das forças armadas iraquianas.
Nos últimos meses, alguns dos grupos membros da PMF lançaram ataques contra as forças dos EUA baseadas no Iraque e na Síria, que disseram ser uma retaliação ao apoio de Washington a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza. Esses ataques foram interrompidos no final de janeiro, após três soldados norte-americanos terem sido mortos em um ataque a uma base na Jordânia, perto da fronteira com a Síria, provocando ataques retaliatórios dos EUA no Iraque.
A explosão na base da PMF ocorreu um dia depois de um suposto ataque israelense ao Irã. Um grupo de milícias apoiadas pelo Irã que se autodenomina Resistência Islâmica no Iraque disse neste sábado, 20, que lançou um ataque de drone contra a cidade israelense de Eilat, no Mar Vermelho, em resposta ao que descreveu como a "violação da soberania iraquiana por parte de Israel em seu ataque traiçoeiro contra os acampamentos das Forças de Mobilização Popular". Não houve relatos em Israel de um ataque a Eilat e nenhum comentário imediato dos militares israelenses.