Israel aprovou um acordo com o Hamas para libertar 50 reféns em troca de uma pausa no combate, na quarta-feira (22), pelo horário local — noite de terça-feira (21), no Brasil. As informações foram divulgadas pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A data para início da trégua no conflito ainda não foi divulgada. De acordo com o governo de Israel, mulheres e crianças feitas reféns pelo grupo terrorista serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito estará em pausa.
O gabinete do primeiro-ministro afirmou ainda que a pausa no conflito poderá sofrer prorrogações de um dia para cada 10 reféns liberados.
As negociações vinham sendo feitas desde o início da guerra e de forma secreta. Também nesta terça, fontes dos Estados Unidos confirmaram a existência de conversas, reveladas na semana passada por uma reportagem do jornal “The Washington Post”.
Netanyahu convocou membros do governo para discutirem o acordo nesta terça-feira. As conversas avançaram durante a madrugada de quarta-feira, pelo horário local.
Antes da reunião, o primeiro-ministro de Israel assegurou a autoridades de segurança e do alto escalão do governo que a ofensiva ao Hamas irá ser retomada após a libertação dos reféns.
“Estamos em guerra e continuaremos a guerra”, disse Netanyahu. “Continuaremos até atingirmos todos os nossos objetivos.”
De acordo com o governo dos EUA, o Hamas afirma que o cessar-fogo é necessário até mesmo para que eles possam localizar os reféns e escolher quais serão os libertados.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta manhã estar “perto” de um acordo para a libertação de reféns.
Fontes oficiais de Israel também confirmaram a existência das negociações nos últimos dias, e, nesta manhã, a imprensa israelense disse que seria questão de horas para o acordo.
Hamas já havia falado sobre acordo
No começo desta terça-feira, o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que o acordo de trégua estava prestes a ser assinado.
Haniyeh tinha dito isso em uma postagem no Telegram. Uma outra autoridade do Hamas falou a mesma coisa para a rede Al Jazeera.
Créditos: G1