O exército israelense anunciou que atacou o que chamou de locais de infraestrutura terrorista na Síria no início da manhã deste domingo, em resposta aos lançamentos de foguetes do país vizinho no sábado. No ataque do sábado, os artefatos tinham como alvo o norte de Israel e caíram em áreas abertas, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
Ainda na manhã deste domingo, os ataques israelenses iniciados no sábado continuavam na cidade de Khan Yunis, em Gaza, perto do maior hospital do território. Autoridades de saúde afirmaram que milhares de médicos, pacientes e pessoas deslocadas estavam presos sem eletricidade e com suprimentos escassos no local.
Moradores relataram intensos ataques aéreos e bombardeios durante a noite, incluindo ao redor do Hospital Shifa. Israel, sem fornecer evidências, acusou o Hamas de esconder um posto de comando dentro do complexo hospitalar, alegações negadas pelo Hamas e pela equipe do hospital.
O subsecretário do Ministério da Saúde, Munir al-Boursh, disse que atiradores israelenses se posicionaram ao redor de Shifa, atirando em qualquer movimento dentro do complexo. Ele afirmou que ataques aéreos destruíram várias casas ao lado do hospital, matando três pessoas, incluindo um médico.
O exército israelense afirmou que há um corredor seguro para a evacuação de civis de Shifa para o sul de Gaza, mas que as pessoas abrigadas no hospital disseram ter medo de sair. O exército informou que as tropas ajudariam a remover os bebês no domingo e que estava em contato com a equipe do hospital. Não foi possível verificar de forma independente a situação dentro e ao redor do hospital.
O Ministério da Saúde afirma que ainda há 1,5 mil pacientes em Shifa, juntamente com 1,5 mil profissionais médicos, além de entre 15 mil e 20 mil pessoas em busca de abrigo. O serviço de resgate Palestinian Red Crescent disse que outro hospital na cidade de Gaza, Al-Quds, "não está mais operacional" porque ficou sem energia.
Em um discurso televisionado no sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou os crescentes apelos internacionais por um cessar-fogo, a menos que inclua a libertação de todos os quase 240 reféns capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra, afirmando que Israel estava trazendo sua "força total" para a batalha. Fonte: <i>Associated Press e Dow Jones Newswires</i>