O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira, 6, que concluiu o cerco total da Cidade de Gaza, a maior do território palestino e o centro das operações do Hamas, de acordo com os israelenses. O enclave foi dividido em duas partes: o norte, ocupado pelos soldados e pelos militantes, e a parte sul, para onde a maioria da população fugiu.
"Hoje, há o norte de Gaza e o sul de Gaza", afirmou o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari. "As tropas chegaram à costa da parte sul da Cidade de Gaza e a cercaram." Hagari afirmou que as tropas israelenses estão realizando ataques a infraestrutura do Hamas em túneis e também no solo.
A imprensa israelense afirma que as tropas devem entrar na Cidade de Gaza nos próximos dias, pouco depois de a guerra entre Israel e Hamas completar um mês. Segundo Hagari, a entrada na cidade significa uma nova etapa da guerra. No início de outubro, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que a incursão teria três fases e afirmou que Israel "não ocupará Gaza para sempre".
Israel afirmou que a sua decisão de dividir o enclave ao meio torna mais difícil para o Hamas controlá-lo. O Exército israelense disse ter atingido ontem cerca de 450 alvos durante a noite em Gaza, onde um grande apagão de comunicações cortou o serviço de internet e telefone pela terceira vez desde o início da guerra.
<b>Diplomacia</b>
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, terminou ontem sua rápida passagem pelo Médio Oriente, na qual ele procurou obter a ajuda de aliados para impedir que o Irã e os suas milícias expandam a guerra entre Israel e Hamas para outras frentes de batalha.
"Os países estão muito empenhados em tentar garantir que isso não aconteça", disse Blinken, após reunião com o chanceler da Turquia, em Ancara. "Às vezes, a ausência de algo ruim acontecendo pode não ser a evidência mais óbvia de progresso, mas é."
O governo dos EUA, no entanto, parece ter dificuldades no seu esforço para persuadir Israel a exercer mais moderação na sua campanha militar em Gaza, que já matou 10 mil pessoas e agravou a crise humanitária no território. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>