O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra após o Hamas lançar um ataque surpresa e de grande escala neste sábado (7), numa ação que já é considerada uma das maiores ofensivas contra o país nos últimos anos. Ao menos 70 israelenses morreram, e autoridades dizem que o número de vítimas pode aumentar. Pouco depois, ao menos 198 palestinos foram mortos numa retaliação de Tel Aviv.
Em mensagem de vídeo, Netanyahu disse que o grupo extremista islâmico que controla a Faixa de Gaza pagará “um preço sem precedentes” pela ofensiva, que teria usado mais de 5.000 foguetes. “Estamos em guerra. Esta não é uma operação simples”, afirmou.
A ofensiva surpresa, que acontece exatamente 50 anos após o início da Guerra do Yom Kippur, combinou a infiltração de homens armados em cidades israelenses com uma saraivada de foguetes, disparados da Faixa de Gaza. Segundo as Forças Armadas de Israel, dezenas de militantes se infiltraram por terra, mar e ar, alguns dos quais com a ajuda de parapentes.
Trata-se de uma infiltração sem precedentes de um número desconhecido de homens armados do Hamas em Israel a partir de Gaza, e uma das mais graves escaladas no conflito israelo-palestino em anos. O último grande conflito entre Israel e Hamas foi uma guerra de 10 dias em 2021.
Pelo menos 70 israelenses foram mortos nos ataques, e outros 750 ficaram feridos, segundo os serviços de ambulâncias de Israel. Os números devem aumentar.
Também de acordo com a imprensa de Israel, cerca de 50 israelenses foram feitos reféns pelo Hamas no kibut de Beeri, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. Para a emissora Al Jazeera, um dos líderes do Hamas, Saleh Al-Arouri, afirmou que há vários oficiais entre os capturados.
Divulgação: FOLHA DE SP