Um drone explodiu um edifício em Tel Aviv na madrugada desta sexta-feira, 19, no primeiro ataque na capital financeira de Israel desde o início da guerra em Gaza há mais de nove meses. O exército israelense acredita que a explosão foi causada por um drone lançado do Iêmen.
O grupo rebelde extremista Houthi, aliado ao Irã no Iêmen, disse ser responsável pelo ataque. O grupo utilizou um drone chamado "Yaffa", capaz de escapar dos sistemas de defesa aérea israelenses, segundo comunicado. Caso a autoria seja conformada, o incidente sinalizaria um avanço nas capacidades do grupo militante e ameaçaria ampliar a guerra em várias frentes.
"O sistema de segurança de Israel será usado com qualquer um que tentar prejudicar o estado de Israel ou enviar terror contra ele de maneira clara e surpreendente", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, após uma reunião com chefes de segurança. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi informado sobre o ataque em tempo real e conduziu uma reunião sobre o assunto na manhã de hoje, de acordo com um comunicado de seu gabinete.
O exército identificou o drone como possivelmente um Samad-3 iraniano aprimorado, vindo do mar. Apesar de ter sido detectado, não foi interceptado e nenhum sinal de alerta de ataque aéreo foi ativado antes da explosão por conta de um erro humano. Outro veículo aéreo não tripulado foi interceptado fora do território israelense, e investigações estão em andamento para determinar uma possível conexão entre os incidentes.
A explosão em Tel Aviv resultou na morte de uma pessoa e deixou feridos, conforme informações das autoridades israelenses. O incidente, próximo à embaixada dos EUA, "enviou uma mensagem para os Estados Unidos para Israel de que as capacidades dos Houthi podem impactar operações dos EUA, de Israel e globais não apenas no Mar Vermelho mas também em Israel propriamente dito", disse Samuel Bendett, pesquisador sênior adjunto no Centro para uma Nova Segurança Americana. –