A hidrelétrica Itaipu Binacional fechou o primeiro semestre de 2020 com produtividade recorde de 1.088 megawatts-médios por metro cúbico de água que passou pelas turbinas da usina por segundo. O resultado é 2% superior ao mesmo período em 2019 e demonstra a eficiência no uso da água, em um período em que esta matéria-prima foi bastante escassa.
No primeiro semestre, a afluência de água foi 12% inferior à observada no mesmo período em 2019, o pior cenário do histórico 1983-2020.
A produção dos seis primeiros meses de 2020 ficou em 38.600.323 MWh, uma queda de 4,58% em relação ao primeiro semestre do ano passado, que teve um acumulado de 40.451.294 MWh. Porém, a redução é baixa, considerando o cenário de escassez de água e também a queda da demanda do Brasil e do Paraguai, devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, informou a usina em nota.
A energia gerada nos primeiros seis meses de 2020 seria suficiente para atender o Brasil por 29 dias, uma cidade do porte de São Paulo por 1 ano e 5 meses ou uma cidade como Foz do Iguaçu por 66 anos. Do total gerado, 78,65% foi destinado para o Brasil e 21,35% para o Paraguai. A parte destinada ao mercado brasileiro representou 11,13% do total da energia consumida no Brasil.
"Em um semestre em que tivemos uma escassez de água tão grande, a produção ficou apenas 4% abaixo daquela do ano passado. Isso mostra como tivemos que explorar ao máximo a nossa matéria-prima", disse o superintendente de Operação, José Benedito Mota Jr., explicando que a baixa demanda, devido ao desaquecimento da economia causado pela pandemia, também influenciou em uma produção menor.
A segurança operacional, medida pelo indicador de gestão de Segurança Operacional da Usina (SOP), ficou em 95,92%, considerado "ótimo", ou seja, acima dos 90%. Já o indicador de qualidade de atendimento ao sistema interligado (ISIN) terminou o semestre com o valor de 91,8%, permanecendo também na categoria mais alta: "Bom".
Em relação à segurança de barragem, no primeiro semestre de 2020 foram realizadas 55.819 leituras na instrumentação, 97% do previsto.