Economia

Itaú BBA põe corretora no México à venda

O Itaú BBA, banco de investimentos do Itaú Unibanco, colocou à venda sua corretora de valores no México em meio à desaceleração da economia do país, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Procurada, a instituição confirmou que vai redimensionar sua operação, mantendo apenas a área de ações no País, incluindo a atual equipe de pesquisa.

A redução da operação no México, conforme o banco, faz parte da reestruturação que o Itaú BBA está promovendo em toda a América Latina. Com presença também na Argentina, no Chile, na Colômbia e no Peru, além do Brasil, o banco vai concentrar esforços onde já tem estrutura estabelecida.

“Vamos focar ainda mais nossos esforços nos países da América do Sul, que têm plena perspectiva de crescimento”, disse Christian Egan, diretor executivo responsável pelas operações de Corporate e Investment Banking no Itaú BBA, em nota enviada ao Broadcast. O executivo citou como exemplo as economias chilena e colombiana, países nos quais o BBA se beneficiará da associação com o banco chileno CorpBanca.

A expectativa do Itaú é que, nos próximos anos, as operações da América Latina passem a representar entre 15% e 20% dos resultados totais do banco, conforme afirmou o presidente da instituição, Roberto Setubal, em conversa com a imprensa no mês passado. Ele aproveitou ainda para reforçar, durante a coletiva de resultados de 2015, que o banco não vislumbra novos movimentos de fusão ou aquisição na região uma vez que está focado na integração do CorpBanca.

No Brasil, o Itaú BBA reorganizou sua operação no ano passado, movimento este que, conforme Setubal, refletiu a mudança do cenário em meio à fraca atividade do mercado de capitais.

Um dos marcos foi a saída do vice-presidente Jean-Marc Etlin, que chefiava o banco de investimento da instituição. “O banco está sempre em reorganização. Nos últimos dez anos, sempre houve uma área sendo reorganizada. Acontece muito porque o mercado muda muito”, justificou Setubal, na entrevista do mês passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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