O Índice de Tendência Econômica da Facamp (ITE-Facamp) de setembro cresceu 2,10% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o ITE-Facamp do terceiro trimestre cresceu 7,30% na margem, também na série com ajuste, depois de ceder 8,0% no segundo trimestre.
O indicador também teve resultado positivo na comparação interanual, com crescimento de 5,10% em relação a setembro de 2019. Em bases trimestrais, o índice avançou 1,90% no terceiro trimestre em relação a igual período do ano anterior. No segundo trimestre, o ITE caiu 11,40% nesta base.
Os resultados positivos de setembro não reverteram as perdas sofridas ao longo do ano. O ITE-Facamp ainda acumula 2,7% de contração nos 12 meses encerrados em setembro (de -3,0% no período finalizado em agosto).
"O comportamento do ITE confirma o diagnóstico de uma recuperação acelerada no terceiro trimestre", avalia, em nota, o professor Rodrigo Sabbatini, da Facamp. "No entanto, na medida em que persiste um quadro de capacidade ociosa na indústria e grande incerteza quanto ao comportamento da demanda após a reversão dos estímulos emergenciais, é preciso ter cautela em relação à retomada do investimento produtivo."
<b>O indicador</b>
De acordo com os pesquisadores do Núcleo de Estudos de Conjuntura (NEC) da Facamp, o ITE tem coeficiente de correlação (r) de 0,90 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e de 0,86 com o PIB trimestral. O ITE tem defasagem cerca de uma semana menor em relação ao IBC-Br.
A Agência Estado fechou uma parceria com a Facamp para divulgar o ITE ao assinante do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em primeira mão. O índice tem divulgação na tela do Broadcast 48 horas antes do anúncio geral, entre os dias 10 e 15 de cada mês. Para visualizar o indicador, digite o código ITE-Facamp na janela de cotação do terminal ou acesse pelo menu indicadores.
O ITE-Facamp é calculado pelo Núcleo de Estudos de Conjuntura (NEC) da Facamp com base em dados públicos de consumo de energia da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A base é agregada e tratada, de forma a garantir a correlação com os dados de atividade. A amostra também exclui efeitos de temperatura e sazonalidade.
Saiba mais sobre o índice na entrevista com o professor Ricardo Buratini, disponível no canal da Agência Estado no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=QAoe92udgIc&feature=youtu.be.