Estadão

Iza segue Shakira e expõe briga com ex no novo álbum

Alguns bons hits e um palco mundo do Rock in Rio depois, Iza faz seu retorno aos álbuns com alguma ternura e um tanto de ressentimento. <i>Afrodhit</i>, o primeiro depois de <i>Dona de Mim</i>, de 2018, retrata uma fase de transição mais pessoal do que musical.

<i>Afrodhit</i> tem raiva, pressão, ressentimento e desconforto com episódios vividos por Iza, mas também a redescoberta da paixão, como ela diz, desde que assumiu o namoro com o jogador de futebol Yuri Lima.

Em outubro de 2022, Iza terminou sua relação com Sérgio Santos, que a empresariava. O término não teria sido tão leve quanto ela chegou a afirmar, com o ex pleiteando quantias astronômicas no ato da separação.

O álbum, por dois ou três instantes, parece ratificar o que realmente aconteceu. Seria criatividade demais para que uma canção como <i>Que Se Vá</i> não fosse baseada em algo real.

Ela canta assim: "Quis até o pote da cozinha, vê se pode? / Lembrei que cobra abraça antes de te dar o bote / Quando tava na pior, eu que tava contigo / 10 milhões de dias, se eu cobrar, tu tá fo…".

Sérgio Santos teria pedido um valor de R$ 10 milhões por se considerar responsável pela carreira da cantora.

<b>Dalva</b>

Separações ruidosas têm sido um combustível poderoso no mundo pop, como testemunharam os fãs de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, nos anos 1940, antes mesmo que houvesse a palavra "pop".

Graças às fraturas conjugais expostas, canções previsivelmente esquecíveis podem se tornar sucessos redentores.

Shakira reabriu a porta das <i>"betrayal songs"</i> no início do ano, quando resolveu lamber as feridas em público deixadas pelo então marido com quem dividiu lençóis por 11 anos, o zagueiro do Barcelona, Gerard Piqué.

Já considerado um dos desmatrimônios do século, o casamento ruiu assim que a colombiana confirmou, com a ajuda de detetives, o que suspeitava. Entre beijos e carícias, Piquet oferecia à amante Clara Chía, uma estudante de Relações Públicas, geleia retirada diretamente do pote que ela guardava na geladeira.

Nem o nome bizarro dada à canção, <i>Bzrp Music Sessions, Vol. 53</i>, uma parceria com o DJ e rapper argentino Bizarrap, conseguiu flopar a investida.

Shakira expôs muitos dos ressentimentos que guardava e mandou ver: "Trocou uma Ferrari por um Twingo e um Rolex por um Casio". A faixa se tornou a maior estreia latina da história do YouTube, com mais de 100 milhões de views, e foi o número 1 do Spotify.

Mas o álbum de Iza não se restringe a recados e tretas. Sem um grande salto estético desde 2018, ela aposta nas <i>feat</i> ou <i>colab</i>: <i>Fé nas Maluca</i> é um funk com Mc Carol; a latinizada <i>Mega da Virada</i> traz o baiano Russo Passapusso; o R&B <i>Fiu Fiu</i> tem L7nnon.

Um disco que a mantém na pista, mas que prova: álbuns não se sustentam mais apenas de música.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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