A secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Izolda Cela, avisou para sua equipe que vai deixar o cargo e fica na pasta só até este domingo, 2. Segundo o <b>Estadão</b> apurou, Izolda deve ser candidata a prefeita de Sobral (CE), onde foi secretária e implementou o que é hoje considerado o maior exemplo de política educacional no Brasil.
Ex-governadora do Ceará, ela chegou a ser apontada como preferida para o cargo de ministra, mas acabou perdendo o lugar para Camilo Santana, que é do PT. Izolda se filiou recentemente ao PSB, sigla do vice-presidente Geraldo Alckmin, depois de deixar o PDT. No Estado, ela é considerada um nome forte para a prefeitura de Sobral e é a escolha dos irmãos Cid e Ivo Gomes.
Em seu lugar no MEC, deve ficar interinamente o secretário executivo adjunto, Gregório Grisa, que tem doutorado em Educação e foi professor no Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). O cargo de secretário executivo é o segundo mais importante do ministério.
Grisa participou ativamente das discussões sobre o novo ensino médio no MEC e é elogiado por suas qualidades técnicas. No entanto, é criticado por alguns interlocutores por ter pouca habilidade política e dificuldade em dialogar com gestores que estão em governos de partidos da oposição.
Izolda nunca foi filiada ao PT e deixou o PDT após racha dos dois partidos, que foram aliados por décadas no Ceará. Nascida em Sobral, a psicóloga e mestre em Gestão esteve entre 2001 e 2006 na secretaria da cidade.
Depois, levou as experiências com alfabetização de crianças para todo o Ceará, quando se tornou secretária estadual em 2007. O governo, na época do PDT, passou a dar incentivos materiais e financeiros para que municípios melhorassem a aprendizagem dos alunos.
A política foi continuada por Camilo Santana, eleito governador pelo PT em 2014, quando ela assumiu a cadeira de vice. Izolda se tornou governadora quando Camilo resolveu se candidatar a senador em 2022. Ele venceu, mas logo em seguida assumiu o cargo de ministro.