Estadão

Jacques Rogge, ex-presidente do COI entre 2001 e 2013, morre aos 79 anos

Responsável por abrir o envelope e anunciar a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Jacques Rogge, ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) entre 2001 e 2013, depois presidente de honra da entidade, morreu neste domingo, aos 79 anos. A causa da morte não foi divulgada.

O anúncio foi feito em Lausanne, na Suíça, em comunicado oficial da entidade. "É com grande tristeza que o Comitê Olímpico Internacional (COI) anuncia o falecimento do ex-presidente do COI, conde Jacques Rogge. Ele tinha 79 anos", anunciou a entidade. Rogge foi o oitavo presidente do COI, de 2001 a 2013, após o qual se tornou presidente honorário. Foi casado com Anne e deixa um filho, uma filha e dois netos.

Cirurgião ortopédico formado em medicina esportiva, era fã de esportes desde a infância. Atleta talentoso, Rogge foi campeão belga de rúgbi e representou seu país na seleção nacional. Ele foi 16 vezes campeão nacional belga e campeão mundial de vela. Também competiu na vela em três edições dos Jogos Olímpicos, em 1968, 1972 e 1976, na classe Finn.

"Triste com a morte do ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge. Foi um grande entusiasta das Olimpíadas do Rio e deixa em nossa memória um momento inesquecível da história de nossa cidade!", lamentou Eduardo Paes, prefeito do Rio.

Antes de chegar ao COI, Rogge dirigiu os Comitês Olímpicos da Bélgica e da Europa, até ser eleito presidente do COI em 2001. Ainda serviu como Enviado Especial para Jovens, Refugiados e Esportes nas Nações Unidas.

"Em primeiro lugar, Jacques amava o esporte e estar com os atletas. E ele transmitiu essa paixão a todos que o conheceram. Sua alegria no esporte era contagiante", lembrou Thomas Bach, atual presidente do COI. "Ele foi um presidente talentoso, ajudando a modernizar e transformar o COI. Ele será lembrado principalmente por ser o campeão do esporte juvenil e pela inauguração dos Jogos Olímpicos da Juventude. Ele também foi um defensor ferrenho do esporte limpo e lutou incansavelmente contra os males do doping."

Como sinal de respeito, a bandeira olímpica será hasteada a meio mastro por cinco dias na Casa Olímpica, no Museu Olímpico e em todas as propriedades do COI. A entidade pede para que os Comitês Olímpicos Nacionais e Federações Internacionais se unam neste gesto de lembrança e honra.

A família de Rogge pediu que sua privacidade seja respeitada neste momento. Após uma cerimônia familiar privada, um serviço memorial público acontecerá no final do ano, onde membros e amigos do Movimento Olímpico poderão relembrar sua vida e sua grande contribuição para o esporte.

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