O técnico Jair Ventura evitou criticar os seus jogadores pela derrota de virada sofrida diante do Vitória, no último domingo, no Engenhão, onde o seu time vencia a partida por 2 a 1 até os 44 minutos do segundo tempo, quando levou o empate e depois tomou o terceiro gol nos acréscimos, aos 49, no confronto válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O treinador admitiu que o revés foi muito semelhante ao sofrido em casa diante do São Paulo, no dia 29 de julho, quando a sua equipe vencia por 3 a 1, mas levou uma surpreendente virada por 4 a 3 em partida da 17ª rodada do Brasileirão.
Entretanto, o comandante destacou que diferentes aspectos causaram esta nova derrota surpreendente e que agora não é o momento de ficar lamentando, mas sim de projetar a partida diante da Chapecoense, novamente no Engenhão, no próximo dia 11, quando a competição nacional abrirá a sua próxima rodada após pausa provocada pela disputa de confrontos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
“Temos um bom tempo para trabalhar, e isso vai ser importante. Tem treinadores que gostavam de dar esporro, de quebrar, de jogar tudo para o alto no vestiário, mas a minha psicologia sobre o que eu penso de futebol é um pouco diferente. Depois a gente vai sentar e analisar os jogos para ver o que fizemos de certo e o que fizemos de errado”, afirmou Jair Ventura, em entrevista coletiva.
Já ao fazer um comparativo sobre o que ocorreu na derrota para o São Paulo, o treinador afirmou: “Fica muito parecido mesmo com a situação do São Paulo, mas com uma história diferente. Terminamos com um jogador a menos e duas substituições por ordem médica”. No caso, ele se referiu às saídas de Joel Carli e Victor Luís, que deram lugares respectivamente a Marcelo e Gilson.
ROGER – O treinador ainda lamentou na entrevista coletiva o fato de não poder contar com o atacante Roger por um motivo triste, pois o jogador foi diagnosticado com um tumor renal, terá de passar por cirurgia e não jogará mais pelo Botafogo em 2017. E o próprio drama vivido pelo jogador ajudou Jair a relevar de forma mais serena a surpreendente derrota deste último domingo.
“Essa questão do Roger, que é um amigo nosso, um cara maravilhoso, supera qualquer questão do campo. A vida segue e não vou matar meus jogadores porque perderam em casa, não. Estou há mais de 80 jogos com este grupo e estou aqui como o técnico que está há mais tempo na Série A. E isso é porque eles fazem tudo o que eu peço”, ressaltou.