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Jair indica ter time-base, mas pode mudar Santos por Bruno Henrique

O time que estreou no Campeonato Brasileiro, na noite de sábado, e derrotou o Ceará por 2 a 0, deverá ser a base do Santos para a sequência da temporada. Foi o que indicou o técnico Jair Ventura, que testou uma série de formações desde a sua chegada ao clube, no início do ano, mas que agora pretende fortalecer essa formação.

Para o jogo contra o Ceará, Jair fez duas alterações em relação ao time que iniciou a vitória por 1 a 0 sobre o Estudiantes, na Argentina, pela Copa Libertadores. O treinador sacou o volante Renato e o atacante Arthur Gomes, promovendo as entradas de Léo Cittadini e Gabriel Barbosa, respectivamente.

Essas trocas tiveram motivações diferentes. Gabriel não pôde atuar em Quilmes, pois cumpria suspensão pelo cartão vermelho recebido no duelo anterior pela Libertadores, diante do uruguaio Nacional. Já Léo Cittadini ficou no banco de reservas e até entrou durante o segundo tempo na Argentina, mas não foi aproveitado inicialmente porque havia recém se recuperado de lesão que o impediu de atuar nas semifinais do Campeonato Paulista e estava sem o ritmo de jogo ideal.

No último sábado, ainda que sem brilhantismo, o Santos exibiu velocidade nas jogadas pelos lados do campo e dinâmica nas ações ofensivas para garantir a vitória. E a formação – Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz, Dodô; Alison; Eduardo Sasha, Léo Cittadini, Jean Mota e Rodrygo; Gabigol – deverá ser a base para a sequência da temporada.

Jair já comandou o Santos em 20 jogos e só repetiu a escalação uma vez entre um compromisso e outro. Isso aconteceu nos duelos com o Botafogo de Ribeirão Preto pelas quartas de final do Paulistão, sendo que ambos terminaram empatados por 0 a 0, com o Santos avançando às semifinais na disputa de pênaltis.

A formação repetida foi exatamente a utilizada no duelo de sábado com o Ceará. E Jair indicou que ela deverá ser mantida nos próximos compromissos do time, a começar pelo jogo do próximo sábado com o Bahia, na Fonte Nova, pela segunda rodada do Brasileirão. “A briga está sempre aberta. A tendência e o que eu desejo é dar padrão. Hoje (sábado), foram trocas por voltas e que ocorreram por situações diferentes”, disse.

A decisão de fortalecer a escalação do último jogo do Santos também indica que o treinador deve apostar na “dobradinha” entre Léo Cittadini e Jean Mota para compensar a falta de um camisa 10. Desde o início do ano, o treinador testou diversas alternativas para a função, como o argentino Vecchio na maior parte dos compromissos e até mesmo a escalação de quatro atacantes.

A base do Santos está formada, mas o treinador vai ganhar um “reforço” nos próximos dias. O atacante Bruno Henrique não atua desde a primeira rodada do Paulistão, em 17 de janeiro, quando sofreu lesões no olho direito, nos minutos iniciais do duelo com o Linense. Mas agora ele poderá voltar a atuar após realizar exames médicos na Alemanha.

Como o atacante terminou 2017 em alta, não será surpresa se ele reconquistar a titularidade. Jair só não conta como fará para encaixá-lo no ataque santista, ainda mais que não existe uma previsão oficial sobre quando ele poderá jogar novamente.

“O treinador não pode ficar lamentando, tem que achar alternativas dentro do elenco. Os testes acabaram. Estou ansioso para a volta do Bruno Henrique, ele me fez aceitar trabalhar no Santos. Como eu vou usá-lo? Surpresa!”, brincou o treinador, fazendo mistério sobre o acirramento que surgirá na briga por vagas no setor ofensivo quando Bruno Henrique estiver disponível.

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