O júri chegou a um veredicto no julgamento de assassinato do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd. A decisão será lida na tarde desta terça-feira, 20, entre as 15h30 e as 16h (horário local, 17h30 e 18h no Brasil).
Este foi o segundo dia de deliberação do júri, formado por seis brancos, quatro negros e duas pessoas multirraciais.
A acusação argumenta que Chauvin tirou a vida de Floyd, em maio do ano passado, ao ajoelhar sobre o pescoço do homem negro de 46 anos por 9 minutos e meio. A defesa diz que o agora ex-policial agiu de maneira razoável e que um problema cardíaco e o uso de drogas ilegais levaram à morte de Floyd.
Chauvin, 45, é acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau. Se for condenado pela acusação mais grave, o ex-policial pode pegar 12 anos e meio ou 150 meses de prisão, de acordo com as diretrizes de sentença para o réu primário. A acusação argumenta, no entanto, que existem fatores agravantes que exigem uma pena de prisão mais longa. De acordo com a agência <i>Associated Press</i>, ele poderia pegar até 40 anos de prisão.
A promotoria encerrou o caso na semana passada, após convocar 38 testemunhas e reproduzir dezenas de videoclipes ao longo de 11 dias. Os advogados de ambos os lados apresentaram seus argumentos finais na segunda-feira, 19.
Mais cedo, o presidente americano Joe Biden disse que havia falado com a família de Floyd na segunda-feira. "Só posso imaginar a pressão e a ansiedade que eles estão sentindo", declarou."Eles são uma boa família e estão clamando por paz e tranquilidade, não importa qual seja o veredicto", disse Biden. "Estou rezando para que o veredicto seja o veredicto certo. Acho que será esmagador, na minha opinião."
<b>Tensão</b>
Todas as atenções estão voltadas para Minneapolis e o anúncio do veredicto. A morte de Floyd desencadeou semanas de agitação civil nos Estados Unidos e levou milhões às ruas em todo o mundo em protestos por justiça social.
O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu calma na segunda-feira, quando o júri deu início às deliberações. Ele declarou uma "emergência em tempo de paz" para permitir que a polícia de Estados vizinhos seja chamada, se necessário, juntando-se a mais de 3 mil soldados e aviadores da Guarda Nacional que foram destacados para ajudar a polícia local.
"Os recursos locais e estaduais foram totalmente utilizados, mas são insuficientes para enfrentar a ameaça", disse Walz em uma ordem executiva.
As escolas passarão para o ensino remoto no final desta semana, e as empresas foram fechadas por causa da potencial repercussão do veredicto. (Com agências internacionais)