Estadão

Janja posa para selfies em show de Chico, que cita pesadelo da gestão Bolsonaro

Rosângela da Silva, a Janja, mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi recebida com aplausos e pedidos de selfie ao chegar para o show do Chico Buarque, em Brasília, na noite desta quarta-feira, 30. Quando subiu ao palco, Chico deu um tom político à apresentação e, mesmo sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), fez uma referência ao que chamou de "pesadelo" do governo.

"Meu agradecimento especial a todas as pessoas queridas que estão aqui e que estão em Brasília trabalhando para reconstruir esse País do pesadelo de quatro anos", disse o cantor e compositor.

Chico convidou Lula e Janja para assistir ao show. Na tarde desta quarta-feira, o presidente eleito chegou a dizer a amigos que também compareceria à apresentação, mas Janja chegou acompanhada apenas de sua assessora pessoal, sem o marido. Na noite anterior, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi tietado pelos presentes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde Chico faz o show "Que tal um samba?".

A futura primeira-dama foi recebida de forma calorosa pelo público. A maioria da plateia se levantou ao reconhecer Janja e começou a gritar "Olê, olê, olê, olá, Lula". Muitos fizeram um sinal de "L" com os dedos, marca da campanha do petista neste ano. Uma pequena fila se formou para selfies com Janja. Na primeira fileira, ela se sentou próxima ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que também tem participado de reuniões da transição de governo.

Além do apoio político declarado a Lula – Chico chegou a visitar o presidente eleito na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, durante a prisão do petista na Operação Lava Jato -, o artista tem outro elo com a equipe de Lula: a advogada Carol Proner, mulher de Chico, integra o grupo de Justiça na equipe de transição e é próxima a Janja.

Fã de Chico, a futura primeira-dama já disse que conheceu Lula durante uma partida de futebol organizada pelo cantor, da qual o petista participou.

A preocupação com a segurança do presidente eleito limita atividades que o petista pode fazer em seu tempo livre. No caso do show, os presentes não passaram por detector de metais, um protocolo comum quando o presidente eleito está presente.

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