Uma cerimônia solene no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta noite promove o encontro entre investigador e investigados na Operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que conduz inquéritos contra políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, divide a bancada de autoridades com dois investigados: os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Janot senta ao lado de Calheiros e a cinco cadeiras de Cunha, quem tem protagonizado ataques ao procurador-geral. O presidente da Câmara acusa Janot de conduzir as investigações de forma “pessoal”.
Na plateia, quase em frente ao procurador-geral, sentaram-se outros dois parlamentares investigados na Lava Jato: os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA). Janot, que irá passar por processo de recondução ao cargo de procurador-geral nos próximos meses e precisará da aprovação do Senado, foi chamado por Collor de “chantagista” após solicitar a quebra de sigilo fiscal e bancário do parlamentar.
O ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo e responsável pelo julgamento dos políticos, assiste a cerimônia em comemoração aos 70 anos de reinstalação da Justiça eleitoral ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.