Procuradores de Justiça do Japão acusaram formalmente dois norte-americanos de terem ajudado o ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, a fugir do país em dezembro de 2019. Michael Taylor e seu filho, Peter, podem pegar até três anos de prisão pela acusação de abrigar um criminoso.
Os dois foram presos em Massachusetts, nos Estados Unidos, em maio de 2020, e chegaram ao Japão no dia 2 de março, depois de uma batalha legal para evitar a extradição. Eles estão presos em uma cadeia em Tóquio.
Os procuradores dizem que a dupla ajudou a esconder Ghosn enquanto ele viajava da sua casa, em Tóquio, para o aeroporto de Osaka, onde o executivo se escondeu em uma caixa de equipamento musical e deixou o país em um jato particular. À época, Ghosn estava em liberdade por ter pagado fiança e era acusado de crimes financeiros.
Os dois norte-americanos não negaram ter ajudado Ghosn a fugir, mas os seus advogados disseram que o que eles fizeram não é um crime segundo a lei japonesa.