Equipes de resgate intensificaram nesta segunda-feira, 6, as operações de resgate no Japão em busca de sobreviventes após as inundações e deslizamentos de terra do fim de semana que deixaram ao menos 44 mortos. As autoridades locais temem o aumento do número de mortes em consequência das chuvas torrenciais que afetam desde sábado a região de Kumamoto, na ilha de Kyushu.
As chuvas continuam nesta segunda e ao menos mais um rio transbordou. Já são três dias de inundações e deslizamentos de terra. Treze pessoas ainda são consideradas desaparecidas. As inundações destruíram estradas e derrubaram pontes, o que deixou muitas comunidades isoladas.
Ordens de retirada foram emitidas para mais de meio milhão de habitantes da ilha, além de alertas para dezenas de milhares no oeste japonês, anunciou a emissora NHK. "Devido às fortes chuvas, tivemos que cancelar alguns voos de helicóptero na zona devastada", afirmou Tsubasa Miyamoto, funcionário do governo de Kumamoto.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que se prevê que a chuva seguirá para o leste na quarta-feira e ordenou operações de busca e resgate 24 horas por dia. O secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, disse que 40 mil homens da Força de Autodefesa estão envolvidos em missões de resgate.
Imagens de televisão mostraram ruas transformadas em rios com água na altura da cintura, uma ponte caída, carros virados e um helicóptero resgatando um homem de uma casa alagada. Em uma das áreas mais afetadas, os moradores escreveram as palavras "arroz, água, SOS" no chão, enquanto outros agitavam toalhas para pedir ajuda.
Suga acrescentou que centros de acolhida trabalham para evitar a disseminação do coronavírus distribuindo desinfetante e pedindo que as pessoas mantenham distância umas das outras. Divisórias foram instaladas em centros de abrigo para manter o distanciamento social. As autoridades pediram às pessoas que lavem as mãos com frequência e usem máscaras.
As inundações são o pior desastre natural a atingir o Japão desde que o tufão Hagibis matou cerca de 90 pessoas em outubro. (Com agências internacionais).