O governo do Japão chamou de volta o enviado à Coreia do Sul sobre questões relativas às “mulheres de conforto”, escravas sexuais feitas pelo Exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo Tóquio, o retorno do diplomata, que trabalha junto ao governo em Seul desde 2015, quando foi assinado um acordo histórico sobre o tema, acontece após a instalação de uma estátua em frente ao consulado japonês em Busan por um organização civil.
Segundo o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, a estátua tem impacto negativo sobre as relações entre os dois países e viola a Convenção de Viena, que define as regras para a diplomacia. Suga acrescentou que outras medidas retaliatórias podem acontecer, incluindo a negociação sobre cooperação entre moedas.
Com o apoio dos Estados Unidos, as duas nações chegaram, no fim de 2015, ao que chamaram de um acordo final e irrevogável em relação à questão. O Japão se desculpou pelo tratamento e, em 2016, pagou mais de US$ 8 milhões para o governo em fundos para dar apoio às vítimas sobreviventes.
No entanto, a agitação política que vive a Coreia do Sul – que pode culminar no impeachment da presidente Park Geun-hye – contribuiu para a volta do assunto. Em dezembro, quando a estátua foi implantada, o governo local de Busan inicialmente rejeitou a permissão para instalá-la. Dias depois, a rejeição foi revogada por causa de manifestações. Fonte: Dow Jones Newswires.