Internacional

Japão planeja primeira compra de mísseis capazes de atingir a Coreia do Norte

O Japão planeja sua primeira compra de mísseis que podem atacar bases militares da Coreia do Norte de uma longa distância, num grande aprimoramento do exército, ao passo em que aumenta a ameaça nuclear de Pyongyang provoca uma corrida bélica regional.

A decisão, anunciada nesta sexta-feira, inclui possíveis compras de mísseis da Lockheed Martin e provavelmente será saudada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante uma visita a Tóquio, em novembro, Trump disse que o Japão compraria grandes quantidades de equipamentos militares dos Estados Unidos.

No governo Trump, os EUA procuraram pressionar o Japão a aumentar suas capacidades militares e arcar mais com a sua própria defesa. O primeiro-ministro Shinzo Abe manifestou que está de acordo, ao passo em que procura afrouxar as restrições sobre o exército japonês.

No entanto, a introdução de novos equipamentos de ofensiva militar pode topar com oposição política dos que não querem mudanças no pacifismo oficial do país. Na sequência de sua derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão renunciou à guerra e tem dependido do guarda-chuva de proteção militar dos EUA desde então.

O Ministério da Defesa do Japão disse que solicitaria cerca de US$ 19 milhões no orçamento do próximo ano fiscal, para comprar mísseis noruegueses para seus caças F-35. A pasta também quer financiamento para pesquisas sobre como modificar seus caças F-15 para que possam carregar mísseis produzidos pela Lockheed Martin, possibilitando o Japão a atingir alvos terrestres na Coreia do Norte a partir de caças voando próximos à costa japonesa.

Em uma coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, Itsunori Onodera, minimizou o uso dos mísseis contra a Coreia do Norte, dizendo que o Japão continuaria a depender dos EUA para atacar Pyongyang em caso de conflito. Mas antes de se tornar ministro da Defesa pelo segunda vez, Onodera advogava pelo aumento da capacidade militar do Japão, para poder atacar diretamente a Coreia do Norte. Fonte: Dow Jones Newswires.

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