O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu nesta sexta-feira, 18, por unanimidade, manter sua política monetária, com a taxa de depósito em -0,1% ao ano e a meta de juros do título público (JBG) de 10 anos em torno de 0%, sem estabelecer limites de compras de ativos para chegar a esse objetivo. A decisão já era esperada pelo mercado, como mostrou o <i>Estadão/Broadcast</i>. O comunicado da autoridade, porém, trouxe duas novidades: a extensão do programa de empréstimos a empresas afetadas pela crise da covid-19 até março de 2022 e o lançamento de uma linha de crédito voltada a projetos relacionados ao combate às mudanças climáticas.
"O banco continuará com a flexibilização monetária quantitativa (QE) com controle da curva de juros, visando atingir a meta de estabilidade de preços de 2%, por quanto tempo for necessário", traz ainda o comunicado do BoJ. Dentro do programa, a autoridade vai seguindo comprando ativos, como forma de ampliar a liquidez no sistema financeiro, até atingir 12 trilhões de ienes em fundos de índice (ETFs) e até 180 bilhões de ienes em fundos de investimentos imobiliários (J-Reits).
O Programa de Apoio ao Financiamento em Resposta ao Novo Coronavírus do BoJ venceria em setembro deste ano e sua prorrogação também já era prevista pelo mercado, considerando a maior duração da crise trazida pela pandemia. Existia dúvida, porém, sobre qual seria o novo prazo, agora definido para março.
A nova linha de crédito voltada a projetos que ajudem no combate às mudanças climáticas, disse o BoJ, será detalhada ao longo do ano. Não houve menção, no comunicado de política monetária de hoje, a valores ou prazos do programa.