Jô está suspenso por uma partida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O atacante do Corinthians foi julgado nesta quarta-feira sob a acusação de agredir o zagueiro Rodrigo, na partida contra a Ponte Preta. Ele poderia ter pego até 12 jogos de gancho, mas o advogado corintiano, João Zanforlim, conseguiu desqualificar o artigo e a pena caiu para apenas uma partida. Assim, o artilheiro alvinegro não enfrentará o Avaí, no sábado, no Itaquerão. Ele atua normalmente contra o Atlético-PR, na noite desta quarta.
O jogador foi denunciado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e a pena, se condenado, seria de quatro a 12 jogos. Entretanto, o caso foi desqualificado para o artigo 250 (empurrar acintosamente o companheiro do adversário, fora da disputa da jogada) e punição seria de um a três jogos. A Procuradoria não concordou com o resultado e informou que vai recorrer da decisão.
O atacante não compareceu ao julgamento, pois está concentrado com a equipe do Corinthians para a partida contra o Atlético-PR e, independentemente da decisão do tribunal, teria condições de atuar nesta quarta-feira. Entretanto, o atacante corintiano gravou um vídeo que foi exibido durante o julgamento.
“Gostaria muito de estar no tribunal, mas tenho um jogo marcado para mais tarde. Queria deixar claro nesse vídeo, em relação a agressão que estou dizendo, que confessei, mas não que agredi. Ele estava enchendo o saco, tem essa coisa de ficar catimbando, normal, tive um contato com ele, falei para ele deixar, parar de falar, e continuar o jogo. Não foi uma agressão. Não tenho um histórico”, disse o jogador.
Durante o julgamento, muitas vezes foi lembrado o fato de o jogador admitir que acertou Rodrigo, mas questionou a força da jogada. “Não é agressão pelo artigo 254-A. Eu, o atleta, estou no chão. Toquei a perna dele. Ele não recolhe a perna para soltar um chute, mas solta a perna. Não é agressão do 254-A, não é um pontapé”, disse Zanforlim.
Sem Jô, o técnico Fábio Carille terá que quebrar a cabeça para definir o substituto. O mais cotado é Kazim, mas o turco não tem tido boas atuações quando exigido. Outra possibilidade seria utilizar Danilo na posição, já que o treinador disse que não vê mais o meia em condições físicas de participar da criação de jogadas e o ideal seria utilizá-lo como centroavante. Uma terceira possibilidade seria mexer no esquema tático e jogar com um falso 9.