Com a missão de substituir Gilson Kleina, o técnico João Brigatti assumiu nesta segunda-feira o comando da Ponte Preta. E em uma semana decisiva, com o duelo contra o Vila Nova-GO, quinta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil, e também o confroto com o São Paulo, domingo, no Morumbi, pela oitava rodada do Campeonato Paulista. A aposta inicial do treinador vai ser o fator motivacional.
"Nós precisamos de tempo para trabalhar, mas vamos ter dois jogos decisivos nesta semana. Mais do que tudo, nosso time vai ser determinado e guerreiro, bem ao estilo do clube. Nós vamos trabalhar demais em busca das vitórias, mas sei que precisamos ter equilíbrio entre os três setores", revela Brigatti.
Em relação à sua volta ao comando da Ponte Preta ele garante que "vai ser diferente". Argumenta que está bem mais qualificado para o cargo. "Eu fiz vários cursos na CBF e aprendi muito, o que me deu grande bagagem. Ao mesmo tempo, fiquei sete meses no Paysandu e depois oito meses no Sampaio Corrêa. Olha que hoje em dia não é fácil um técnico ficar tanto tempo num clube. Estou em condições de motivar os atletas e dar qualidade ao trabalho do grupo", assegurou.
Diante de uma situação emergencial, com dois jogos importantes na semana, Brigatti comentou que tentará extrair o máximo de cada jogador. Mas já avisou à diretoria que no Brasileiro da Série B o elenco vai ter de ser maior. "Até para suportar a logística da competição, onde você joga hoje no Sul e no dia seguinte lá no Nordeste".
Brigatti tem 55 anos. Goleiro revelado pela Ponte Preta foi chamado para a seleção brasileira de base e jogou até os 35 anos. Trabalhou muitos anos como treinador de goleiros, inclusive, na seleção da Jamaica, com Renê Simões. Iniciou a carreira de técnico em 2016, tendo passado por várias funções na própria Ponte Preta até 2018.
O TIME – Sem muitas opções, ele deve manter a base da formação que Gilson Kleina vinha utilizando e que empatou, por 1 a 1, diante da Ferroviária sob o comando do interino Fabinho Moreno. O lateral Apodi, suspenso no Paulistão, poderá atuar na Copa do Brasil. "E um jogo valioso para a agremiação, porque representa visibilidade e retorno financeiro".
A Ponte Preta vai ganhar R$ 1,5 milhão se atingir a terceira fase. Nesta segunda fase, não há vantagem do empate. Quem vencer, avança. Se houver a igualdade, a vaga será definida na cobrança de pênaltis. No Paulistão, a Ponte Preta começa a se preocupar com a ameaça de rebaixamento. Só tem sete pontos e ocupa a 13.ª posição na classificação geral entre os 16 participantes, com duas vitórias, um empate e quatro derrotas.