O presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden apresentou neste sábado os principais nomeados do gabinete e membros de sua equipe do Meio Ambiente, incluindo a congressista democrata Deb Haaland do Novo México para secretária do Interior e a ex-governadora de Michigan, Jennifer Granholm, para secretária de Energia.
"Hoje tenho o prazer de anunciar uma equipe que liderará o ambicioso plano de meu governo para lidar com a ameaça existencial de nosso tempo, a mudança climática", disse Biden em um evento em Wilmington, Delaware.
Haaland poderá ser a primeira indígena americana a assumir o cargo, se for aceita pelo Senado. Ela é conhecida também por criticar publicamente o presidente Jair Bolsonaro. Em março de 2019, ela assinou um artigo com a deputada brasileira Joênia Wapichana (Rede-RR), para o <i>The Washington Post</i>, criticando políticas climáticas dos governos Trump e Bolsonaro. Seu nome consta na carta enviada ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedindo que os deputados brasileiros não aprovassem o Projeto de Lei 2.633/2020, que ficou conhecido como "PL da Grilagem".
O presidente eleito também escolheu Michael Regan, que dirige o Departamento de Qualidade Ambiental da Carolina do Norte, como seu indicado para liderar a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Se confirmado pelo Senado, Regan seria o primeiro negro a ocupar essa posição. Biden também nomeou Brenda Mallory, uma advogada ambiental, para ser sua nomeada para presidir o Conselho de Qualidade Ambiental da Casa Branca.
O presidente eleito nomeou, ainda, Gina McCarthy, ex-chefe da EPA, como sua conselheira nacional do clima, e Ali Zaidi, um especialista em clima e conselheiro de Biden de longa data, para servir como conselheiro adjunto do clima nacional.