Há mais de uma década, o futebol ucraniano passou a ser destino frequente de jovens atletas brasileiros. A Ucrânia se tornou porta de entrada para grandes clubes da Europa e seleção brasileira. Willian, Douglas Costa, Jadson, Luiz Adriano, Taison, Bernard, Dentinho, Fernandinho… A lista é extensa. Nos últimos anos, no entanto, esse intercâmbio pode ter perdido relevância, mas o país do leste europeu se mantém como um dos que conta com mais brasileiros em sua liga.
O agravamento das tensões entre Ucrânia e Rússia tem gerado preocupações e também pode trazer consequências no futebol, como já aconteceu no passado. Devido a conflitos na região de Donbass, que se iniciaram em 2014, o Shakhtar, principal clube do país, abandonou a cidade de Donetsk e passou a mandar seus jogos em outras localidades, como Cracóvia, Lviv e a capital Kiev.
Neste momento, o Campeonato Ucraniano está paralisado, como de costume, devido ao rigoroso inverno. Seu retorno está previsto para 25 de fevereiro, em um duelo entre Mynai e Zorya. Enquanto não retomam as atividades oficiais, os clubes ucranianos, majoritariamente, fazem sua intertemporada na Turquia, com sessões de treinamentos, jogos-treino e amistosos.
Atualmente, o Shakhtar Donetsk é o clube ucraniano que possui em seu elenco o maior número de brasileiros. São 13 no total: David Neres, Pedrinho, Marlon, Vitão, Ismaily, Dodô, Vinícius Tobias, Marco Antônio, Maycon, Alan Patrick, Tetê, Fernando e Júnior Moraes. Dínamo de Kiev, Metalist, Zorya, Dnipro, Kolos Kovalivka, Rukh Lviv, Chornomorets Odesa, Metalist Kharkiv, PFK Lviv e Ingluets Petrove também contam com atletas brasileiros.
Nas redes sociais, clubes e jogadores relatam principalmente o dia-a-dia dos treinamentos e não falam publicamente a respeito da tensão entre Ucrânia e Rússia. Mesmo assim, a situação do país tem gerado incertezas e apenas os rumos do conflito poderão ditar os próximos passos, as consequências e o futuro dos jogadores brasileiros ligados às equipes ucranianas.