O atacante brasileiro Rafael Silva tem visto de perto a angústia vivida pelos chineses com o surto de coronavírus. Como atua pelo time da cidade considerada o epicentro da doença, o jogador do Wuhan Zall vê os colegas passarem por exames médicos diários e não sabe quando poderá entrar em campo, já que o calendário do Campeonato Chinês está suspenso.
Ao jornal <b>O Estado de S. Paulo</b>, o atacante com passagens por Corinthians e Coritiba contou que só está mais tranquilo porque está fora da China. Rafael Silva aproveitou que o time havia programado passar o mês de janeiro na Espanha para fazer um período de treinos nas férias e evitar o frio intenso de Wuhan. Quando decidiu embarcar para Sevilha antes dos demais colegas apenas para ganhar tempo, escapou do pior por acaso. "Estou na Espanha há dez dias. Já o restante do time chegou na quarta. Nossa previsão é ficar em Sevilha até 18 de fevereiro e ver o que vai acontecer, caso a gente não tenha condições de voltar. Não tem mais voos para lá." Os serviços de transporte foram suspensos para evitar a proliferação do vírus. Estima-se que 50 milhões estejam em quarentena em Wuhan e cidades próximas.
Segundo conta, o tradutor do time está com o tio internado e outros colegas passam o dia em contato com parentes para ter informações. "Os jogadores estão muito preocupados. A família deles está em casa e quase não pode sair, a não ser dentro de horário definido. Se é para fazer compras, precisam ir em mercados que têm entrada subterrânea."
Durante o período de preparação do Wuhan Zall na Espanha, jogadores chineses têm recebido atenção especial. A comissão técnica trouxe um médico extra e realiza diariamente exames para detectar sintomas. Nenhum problema foi encontrado. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>