Estadão

John Textor conclui compra do Lyon e planeja colaboração com o Botafogo

O Lyon comunicou nesta segunda-feira que concretizou a venda de 77,49% de seu capital social ao grupo Eagle Football, controlado pelo americano John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo. O empresário também tem participação majoritária no Crystal Palace, da Inglaterra, e no RWD Molenbeek, da Bélgica. Ao comentar a nova aquisição, Textor disse que trabalhará para que ocorra um intercâmbio entre as equipes.

"A Eagle Football pretende implementar rapidamente a colaboração entre os seus clubes, na França, no Brasil e na Bélgica, ligando-os às metodologias de treino e desenvolvimento do Olympique Lyonnais, uma referência na área. Um exemplo imediato dessas oportunidades é a Academia Pelé, parceira histórica do OL no Brasil, que já é vizinha e parceira comercial regular do Botafogo. Claro, continuaremos a ser um parceiro de apoio significativo no Crystal Palace, pois esperamos que nossa pegada global de desenvolvimento de talentos possa ser um recurso colaborativo para todos os nossos clubes", afirmou o americano.

De acordo com o comunicado do Lyon, Jean-Michel Aulas, proprietário do clube desde 1987, será mantido no cargo de presidente por pelo menos três anos, assim como parte da diretoria "Vou ficar no mínimo três anos como presidente, com quase os mesmos poderes e vamos trabalhar com o John de uma forma muito comum", disse o dirigente. "Há reconhecimento internacional do modelo do Lyon. É por isso que temos conseguido manter este equilíbrio, para que não haja mudança, a serviço não só da continuidade, mas também da ambição", completou.

Durante a gestão de Aulas, o time viveu sua melhor fase, com sete títulos seguidos do Campeonato Francês entre as temporadas 2001/2002 e 2007/2008. O meia brasileiro Juninho Pernambucano, hoje comentarista, foi um dos protagonistas do time nesse período e participou das sete conquistas.

Após o hepta, contudo, o Lyon não deu sequência à evolução e nunca mais venceu a liga nacional, atualmente dominada pelo Paris Saint-Germain. Foi vice francês três vezes e não teve sucesso em elevar seu nome na disputa de competições europeias. O máximo que conseguiu foi ser semifinalista da Liga dos Campeões, em 2010 e 2020, e da Liga Europa, em 2017.

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