Amã, 04 (AE) – A Jordânia executou neste sábado dez prisioneiros por laços com grupos militantes islâmicos que realizaram cinco ataques a tiros e um com uma bomba desde 2003, informou um porta-voz do governo. Entre os mortos nos ataques estavam um turista britânico, um crítico do extremismo islâmico e membros das forças de segurança.
A Jordânia lançou uma ofensiva contra o grupo extremista há dois anos, em resposta à morte de um piloto jordaniano capturado pelo Estado Islâmico. O país integra a coalizão militar liderada pelos Estados Unidos contra o grupo, que controla territórios na Síria e no Iraque.
Os prisioneiros foram enforcados na madrugada de sábado na prisão Swaqa, 75 quilômetros ao sul da capital do país, Amã, disse o porta-voz do governo Mohammed Momani. Todos tinham vínculos com grupos militantes islâmicos, afirmou ele.
Cinco outras pessoas foram executadas por outros crimes, entre eles o incesto, disse o porta-voz em comunicado divulgado pela agência estatal Petra.
Os executados por vínculos com o terror estavam envolvidos em seis diferentes incidentes, entre eles um ataque à bomba em 2003 que matou 19 pessoas na embaixada jordaniana no Iraque e um ataque a tiros em setembro de 2016 que matou o escritor local Nahed Hattar em Amã. Hattar era processado por um cartum considerado ofensivo ao islamismo.
O analista Labib Kamhawi diz que as execuções enviam mais de uma mensagem: por um lado, alertam potenciais agressores sobre a dureza das penas, e por outro mostram ao mundo, em especial ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a Jordânia é um aliado no combate ao terrorismo. Fonte: Associated Press.