O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, no primeiro dia de atividade na Casa neste ano. Ele conduzirá a votação das medidas previstas no programa de recuperação fiscal firmado com o governo federal.
Picciani foi eleito com 64 votos favoráveis à sua recondução. Cinco deputados votaram contra e um não votou por estar de licença. Aos adversários do PSOL, Picciani afirmou que “é balela, infantilidade, dizer que a União trata o Rio como o FMI (Fundo Monetário Internacional)”. Em sua opinião, “o pacote (apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão no ano passado) não tinha ideias. Não tinha princípio, meio e fim. O que o governo federal oferece é o alongamento da dívida. O que vamos tratar aqui é daqueles que querem recuperar o Estado”.
Enquanto Picciani discursava e agradecia os votos pela sua reeleição, do lado de fora da Alerj, servidores públicos protestavam e o barulho de bombas era ouvido no plenário da Casa. Sobre as manifestações, o presidente da Casa disse sempre ter respeitado os direitos dos servidos, mas que não vai tolerar “ameaças físicas ao parlamento”.
Como deputado, antecipou o seu voto favorável à aprovação de todo o plano de recuperação fiscal firmado com o governo federal, mas complementou que precisará dialogar com os demais parlamentares para garantir que passe na Assembleia. “Vamos aguardar. Eu não tenho certeza (da aprovação das medidas). Eu tenho um voto. O governo envia amanhã a mensagem da Cedae e a mensagem de R$ 3,5 bilhões de empréstimo para o pagamento dos servidores. E eu vou colocar em pauta na próxima terça-feira, 7. O trabalho será como sempre foi: conversando com todos.”