Estadão

Jornalista morre após ser baleado com cinco tiros no México

O jornalista Alfredo Cardoso, criador do perfil <i>Las Dos Costas</i>, da cidade de Acapulco, México, morreu neste domingo, 31, após ser atacado com tiros na sexta-feira, 29. A informação foi confirmada pela governadora do Estado de Guerrero, Evelyn Salgado.

"Desejo expressar minhas condolências à família do jornalista Alfredo Cardoso Echeverría, fundador do veículo digital <i>Las Dos Costas</i>, por sua infeliz perda", escreveu Salgado em suas redes sociais.

A gestora condenou o assassinato de Cardoso e disse que instruiu o secretário do governo do Estado para cuidar de sua família por meio do mecanismo local de proteção a defensores dos direitos humanos e jornalistas. "Solicitei ao Ministério Público Estadual que acompanhe prontamente as investigações sobre este fato", acrescentou.

A organização de defesa de jornalistas Repórteres Sem Fronteiras (RSF) documentou o ataque ao comunicador, que recebeu cinco tiros na sexta-feira passada. Em seu perfil do Twitter, a organização informou que o comunicador foi sequestrado na noite de quinta-feira, 28, por encapuzados que invadiram sua casa.

No domingo, um grupo de jornalistas mexicanos protestou para exigir o esclarecimento do crime. A prefeita de Acapulco, Abelina López, culpou os meios de comunicação por serem aqueles que "dão o alarme de violência", quando deveriam ficar quietos, sugeriu.

Até o momento em 2021, pelo menos, sete jornalistas foram assassinados no País, embora não tenha sido provado que em todos os casos o crime esteja relacionado ao seu trabalho.

O México é considerado um dos países mais perigosos para o exercício do Jornalismo, com mais de cem comunicadores assassinados desde 2000, segundo dados da Comissão de Direitos Humanos (defensoria).

Em 2020, oito jornalistas foram mortos, segundo a RSF. Mais de 90% dos homicídios de repórteres no país continuam impunes, denunciam organizações que defendem a liberdade de expressão. <i>COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS</i>

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