Morreu neste sábado, 8, em seu apartamento em Copacabana, no Rio, aos 82 anos, o jornalista Napoleão Saboia. Maranhense, tendo iniciado sua carreira no jornal <i>O Imparcial</i>, "Napô", como era conhecido entre amigos, foi por cerca de 20 anos correspondente em Paris do <b>Estadão</b> e do <i>Jornal da Tarde</i>, cobrindo predominantemente a área cultural. Conhecido e amigo do hoje senador José Sarney, ele foi da equipe da assessoria presidencial durante o seu governo, entre 1985 e 1990.
No final do ano passado, Napoleão esteve em São Paulo para lançar seu livro <i>Senhor da Festa</i>, onde conta histórias bem-humoradas de sua vida entre Maranhão, São Paulo e Paris – a literatura, em geral, era um de seus temas constantes. Até este final de tarde seus familiares no Rio ainda não haviam informado sobre velório e enterro.
<b>Repercussão.</b> Em nota, o ex-presidente José Sarney disse que recebeu com "grande comoção e tristeza" a notícia da morte do escritor e jornalista Napoleão Saboia. Os dois trabalharam juntos no jornal <i>O Imparcial</i>, onde Saboia iniciou a carreira. Quando assumiu a presidência da República, Sarney convidou o amigo para trabalhar no Palácio do Planalto, onde cuidou da área de imprensa internacional.
"Com ele tive uma convivência fraternal durante o resto da vida. Era um grande talento e grande intelectual. Ficou devendo uma coletânea de suas excelentes entrevistas com figuras do mundo intelectual e político europeu. Era respeitado e gozava de prestígio no Brasil, onde o meio jornalístico o tinha entre seus grandes nomes", acrescentou o ex-presidente.