Integrante da executiva nacional do PSDB e quadro histórico do partido, o ex-senador José Aníbal (SP) vai apresentar formalmente na segunda-feira, 6, ao diretório do partido em São Paulo seu nome como pré-candidato ao Senado. "Estamos a quatro meses da eleição. Está na hora de ir a campo", disse Aníbal ao <b>Estadão</b>.
O tucano tem apoio de José Serra, que é senador, e já foi prefeito da capital paulista e governador do Estado. Por problemas de saúde, Serra decidiu disputar uma vaga de deputado federal em vez de tentar a reeleição.
A vaga do Senado será tratada nesta quinta-feira, 2, em um encontro entre Aníbal e o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi. O movimento do ex-senador acirra ainda mais a disputa pelo posto na coligação do governador Rodrigo Garcia, que é pré-candidato à reeleição, após João Doria renunciar para se lançar à disputa pelo Palácio do Planalto. A investida foi frustrada e o ex-governador desistiu da pré-candidatura na semana passada.
<b>Impasse</b>
Após o apresentador José Luiz Datena (PSC) romper com os tucanos e decidir disputar o Senado na chapa Tarcísio de Freitas (Republicanos) com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PSDB entrou em um impasse.
O União Brasil, que apoia Garcia, reivindica a vaga de candidato ao Senado e o vereador Milton Leite se movimenta para ser o candidato. No entanto, o ex juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sérgio Moro também é apontado como potencial candidato após mudar o título de eleitor do Paraná para São Paulo. Moro também ensaiou uma pré-candidatura a presidente pelo Podemos, mas saiu de cena.
Entre os tucanos, o presidente municipal do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, também se apresentou como pré-candidato ao Senado e disse que não abre mão, já que teria o apoio da militância na capital.
Vinholi defende parcimônia nos debates. "A prioridade do PSDB de São Paulo é a eleição do governador Rodrigo Garcia. Os nomes colocados serão fruto de avaliação e diálogo conduzido pelo governador com o grupo de partidos aliados para uma definição mais a frente", afirmou ao <b>Estadão</b>.