Com a consciência de que terá um trabalho árduo pela frente, o técnico José Mourinho foi apresentado oficialmente, nesta quinta-feira, como o novo técnico da Roma pelas próximas três temporadas. O time da capital italiana não conquista o título nacional desde 2001.
"Sei o que quero para este clube e o que me pediram, o projeto é claro. A herança é pesada, o clube tem um passado fantástico e queremos construir um bom futuro. O que os donos querem é situação sustentável no futuro e quero ajudar nisso, com grande paixão. É tempo de trabalhar", disse o treinador português, em entrevista coletiva.
"Será chegar, trabalhar muito e depois colher. São três anos de contrato em que não podemos fugir do fato de não se ganhar há muito tempo. Temos de encontrar respostas para isso. O diretor e os donos sabem que há muito trabalho a fazer", disse Mourinho, que esteve no comando do Tottenham de 2019 até o final da última temporada.
O treinador diz que não mudou a sua essência nos últimos 11 anos. "Sou melhor pessoa e melhor treinador. Se os anos não nos fazem melhores pessoas e melhores profissionais, alguma coisa está errada. Mas o DNA não muda, basicamente sou o mesmo", disse o técnico, que fez belo trabalho pela Internazionale de Milão entre 2008 e 2010, quando conquistou a Liga dos Campeões.
"O próximo desafio é sempre o mais importante da minha carreira e este é, obviamente, o mais importante. Se este campeonato (o Italiano) não é visto lá fora como o principal, cabe-nos a nós mudar isso. Trabalho para a Roma, mas se pudermos fazer algo mais, temos de fazê-lo", afirmou Mourinho.
Mourinho mostrou-se comovido com a recepção dos torcedores romanos. "Foi sensacional. Senti-me logo em dívida porque a recepção que me fizeram foi excepcional. Tenho de lhes agradecer".