Cidade turística e famosa por seus belos recursos naturais, Extrema, em Minas Gerais, viveu momentos de pavor na noite desta terça-feira, 3. Horas após o corpo da estudante Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, ser encontrado em um buraco, moradores foram às ruas e incendiaram uma loja de confecções que seria do suspeito de matar a jovem. A Polícia Militar diz que ainda tentou cercar a área, mas não teve como conter cerca de 500 moradores enfurecidos.
Larissa estava sumida há 12 dias, quando foi vista sendo abordada por um casal no momento em que estacionava seu carro na rodoviária da cidade, localizada no sul de Minas. Desde o desaparecimento, familiares e amigos iniciaram uma campanha na tentativa de encontrá-la.
O corpo foi localizado em um ponto turístico na zona rural da cidade. Como estava em estado de decomposição, os pertences que a jovem usava ajudaram na identificação.
Pouco tempo após a localização, a notícia se espalhou por Extrema, fazendo com que os moradores saíssem às ruas e incendiassem a loja.
Mistério
Larissa estudava Biomedicina em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, para onde embarcaria, deixando seu carro na rodoviária. A polícia chegou a cogitar a possibilidade de sequestro, mas depois descartou a ideia, já que não houve pedido de resgate.
A Polícia Militar de Extrema encontrou o carro da estudante estacionado próximo a um ponto de ônibus, com as portas destrancadas, vidros fechados e com a chave na ignição. Ela havia dito a familiares que desconfiava que vinha sendo seguida.
O corpo da jovem não foi velado, sendo enterrado na madrugada desta quarta-feira, 4, em razão do estado em que se encontrava. O dono da loja que foi queimada teria sido preso e interrogado na terça pela polícia, que deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira sobre o caso.