Estadão

Judô brasileiro sofre 2 derrotas e deixa Tóquio sem medalha na briga por equipes

A seleção brasileira de judô se despediu dos Jogos Olímpicos de Tóquio sem a terceira sonhada medalha. Na madrugada deste sábado (horário de Brasília) o Brasil caiu para a Holanda nas quartas de final e, na repescagem, que valia o prosseguimento na busca pelo bronze, foi superado por Israel no Nippon Budokan, templo do judô. As lutas por equipes mistas são novidade no programa olímpico.

Na repescagem, o Brasil fez modificações na escalação em relação aos duelos das quartas. Daniel Cargnin (até 73 Kg), Rafael Macedo (até 90 Kg) e Rafael Silva (acima de 90 Kg) deram lugar a Eduardo Barbosa, Eduardo Yudy Santos e Rafael Buzacarini, respectivamente, mas a estratégia não deu resultado e os israelenses triunfaram por 4 a 2.

"Amargo pra caramba. Muito ruim perder. Nosso time treinou muito, cada um se esforçou muito e tenho certeza que todos deixaram tudo no tatame", lamentou, chorando, Mayra Aguiar. "Mas tem muita coisa pela frente. Nosso time é muito forte", prosseguiu a judoca, que havia garantido que fará o novo ciclo olímpico para estar em Paris-2024.

Medalha de bronze nessa mesma modalidade por equipes no último mundial e considerado um dos times mais fortes, o Brasil, portanto, deixa o Japão sem subir ao pódio. A participação na Olimpíada foi encerrada com dois bronzes, conquistados por Daniel e Cargnin e Mayra Aguiar.

Diante de Israel, apenas Maria Portela, que emocionou o País ao ser eliminada em um combate controverso na disputa individual até 70 kg há três dias, e Mayra Aguiar, a judoca, entre homens e mulheres, com mais medalhas na história do Brasil, saíram do tatame com vitória.

Eduardo Katsuhiro Barbosa saiu derrotado após receber três shidos por falta de combatividade; improvisado na categoria até 90 Kg, Yudy sofreu Ippon e perdeu para Li Kochman; Rafael Buzacarini tentou encaixar um golpe, mas teve o braço preso e perdeu por ippon; por fim, Larissa Pimenta viu a adversária emendar wazari com imobilização para fechar série com ippon e acabar com o sonho brasileiro de medalha na disputa por equipes mistas.

Antes, nas quartas, os judocas do País também foram superados por 4 a 2. Somente Daniel Cargnin (até 73 kg) e Mayra Aguiar (acima de 70 kg), curiosamente os dois que deram medalhas ao judô brasileiro em Tóquio, venceram seus combates. Ele aplicou wazari em Tornike Tsjakadoea no golden score, e ela, que entrou de última hora na disputa por equipes para substituir a lesionada Maria Suelen, quando estava com duas punições, perto de ser eliminada na prorrogação, encaixou um ippon sensacional e manteve o Brasil vivo.

Mas o sonho do judô brasileiro de avançar à semifinal foi sepultado com a derrota de Rafael Silva, o Baby (acima de 90 kg), que levou três shidos por falta de combatividade e perdeu em menos de dois minutos para Henk Grol. Antes disso, Larissa Pimenta (até 57 kg), Maria Portela (até 70 kg) e Rafael Macedo (até 90 kg) haviam sido derrotados.

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