Os sete primeiros judocas da delegação brasileira que disputará os Jogos Olímpicos de Paris-2024 desembarcaram na França nesta sexta-feira. Entre eles, o gaúcho Daniel Cargnin, medalha de bronze nos Jogos de Tóquio, disputados em 2021, na categoria até 66 quilos. O atleta mostrou confiança em novo pódio e mostrou confiança em "mudar" a cor da medalha.
Aos 27 anos, Cargnin chega mais maduro para sua segunda edição olímpica e espera melhorar o feito de Tóquio, quando derrotou o israelense Bareuch Shmailov, e garantiu o primeiro bronze brasileiro naqueles Jogos.
"Fui bronze em Tóquio. Acredito que aprendi muito nesse ciclo olímpico inteiro e me sinto mais experiente. Estou na busca de trazer mais uma medalha para o Brasil e para minha família", afirmou o judoca, na chegada em Saint-Ouen.
"E por que não mudar a cor da medalha, não é? Nesse ciclo, eu considero que fui melhor do que no ciclo passado. Acabei de ser terceiro lugar no mundial, tenho tudo para sair com um resultado positivo e vir comemorar na Casa Brasil", esbanjou confiança, mesmo agora competindo na categoria até 73 quilos.
A delegação desembarcou no Aeroporto de Orly e foi direto para um almoço no Chateaux, com recepção calorosa e nas cores verde e amarelo. De lá, dirigiram-se a Serre, onde receberam as malas e realizaram as trocas de uniformes. A fase final de treinamento ocorre na cidade de Saint-Geneviève.
"Os Jogos Olímpicos são muito difíceis e ser recebido em um lugar onde falam sua língua e te possibilitam a oportunidade de um convívio imediato é muito importante para que tenhamos o sentimento de estar em casa", disse Cargnin, elogiando o clima encontrado na chegada à França.
"Abrimos mão de muita coisa em busca dos nossos sonhos e objetivos. Comer um arroz com feijão na chegada acho que já ajuda bastante. A soma de vários fatores faz um grande campeão. Ter esse apoio fortalece ainda mais para sairmos com a vitória."