Um fenômeno assustador já é realidade no Brasil e em vários lugares do mundo: as ilhas de plástico nos oceanos. Resultado do descarte irregular, o problema afeta diretamente a saúde humana, uma vez que suas micropartículas carregadas de substâncias nocivas são ingeridas pelos peixes que, quando consumidos pelo homem, podem provocar distúrbios hormonais e até câncer. Para alertar sobre essa preocupante situação, a Secretaria de Saúde dá início ao Junho Marrom, dedicado às questões ambientais.
Durante o mês todo, as 69 Unidades Básicas de Saúde irão desenvolver atividades para alertar a população sobre a importância da preservação da natureza e do cuidado com o meio ambiente. As ações fazem parte do Movimenta Saúde, programa que propõe a discussão de um tema diferente em cada mês e a adoção de hábitos saudáveis para a melhoria da qualidade de vida da população.
O Junho Marrom abre na Saúde a programação do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado oficialmente nesta terça-feira, dia 5. Com o tema “#Acabe com a poluição plástica”, a ONU pretende chamar governos, setor privado, comunidades e indivíduos a reduzir a produção e o consumo excessivo de produtos plásticos descartáveis, que vêm causando enormes prejuízos à vida marinha e à saúde humana.
Segundo a ONU, ao longo da última década, a humanidade produziu mais plástico do que em todo o século passado. Os números apresentados pela Organização apontam que, por ano, são consumidas entre 500 bilhões e um trilhão de sacolas plásticas em todo o planeta, sendo que no Brasil são distribuídas 1,5 milhão por hora. Além disso, no mundo a cada minuto, um milhão de garrafas plásticas são compradas.
O estudo revela também que metade do plástico consumido pelos humanos é de uso único e, anualmente, pelo menos oito milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos. Ainda de acordo com a ONU, é como se a cada minuto despejássemos nos mares a carga inteira de um caminhão de lixo plástico. Se essa quantidade exorbitante já assusta, ainda pior é o fato de que nenhum grama desse material é absorvido pela natureza. Ou seja, todo esse contingente de detrito descartado irregularmente só faz aumentar a poluição a cada minuto no mundo.
A ONU estima que até 2050 haja mais plásticos que peixes nos mares, caso a sociedade não se mobilize para enfrentar esse problema. A solução para essa grave questão depende não somente dos governos, mas da atitude de cada cidadão, a partir da mudança de hábitos simples, como dar preferência ao uso de sacolas retornáveis, que evitam o consumo de pelo menos seis sacolinhas plásticas por compra; destinar corretamente o lixo doméstico e aderir a programas de reciclagem de materiais.
Em Guarulhos, a coleta seletiva de materiais está implantada em 17 bairros (confira em www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/coleta-seletiva). A população ainda conta com o serviço de 19 Pontos de Entrega Voluntária – PEV (veja em www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/pev). Além de plásticos, esses locais recebem, separam e enviam para reciclagem os seguintes materiais: metais, vidros, isopor, gesso, bem como entulhos, madeiras, podas e móveis velhos.