Os juros futuros terminaram a segunda-feira, 26, perto da estabilidade, com viés de alta nos contratos de médio e longo prazos. A sessão foi considerada fraca para os negócios, em boa medida em razão da expectativa pela divulgação pelo Banco Central do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), amanhã às 8h30. A cautela do cenário externo também desestimulou a montagem de posições. Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (229.940 contratos) fechou em 13,825%, de 13,820% no ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2018 (118.565 contratos) encerrou estável em 12,22%. O DI janeiro de 2019 (139.095 contratos) passou de 11,64% para 11,66%. Por fim, o DI janeiro de 2021 fechou em 11,73%, de 11,71%, com 76.505 contratos.
Enquanto os contratos curtos passaram o dia perto da estabilidade, pela manhã, as taxas nos trechos intermediários e longos foram pressionadas para cima, movimento atribuído a uma certa realização de lucros após o expressivo recuo na semana passada, em meio ao menor apetite pelo risco no exterior.
Mas o avanço perdeu bastante força à tarde, na medida em que crescia a expectativa com o RTI, diante da previsão de que o documento vai sancionar as apostas de que a Selic, hoje em 14,25%, começará a cair em outubro. Na avaliação dos economistas, o relatório pode trazer uma avaliação mais otimista da evolução de fatores dos quais depende o processo de flexibilização monetária listados na ata, que já informou que no cenário de referência a projeção do BC para o IPCA é de 4,5% para 2017.
Os mercados globais hoje são marcados, entre outros fatores, pela expectativa em relação ao primeiro debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, nesta noite. A possibilidade de um bom desempenho do republicano Donald Trump, que poderá fazer deslanchar sua candidatura, coloca o investidor na defensiva. Além disso, receios sobre a saúde financeira do Deutsche Bank também pesam sobre os negócios.