As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciaram o dia em leve ajuste de alta nos vencimentos mais longos, refletindo principalmente a alta do dólar. A sexta-feira é de maior cautela nos mercados globais, com dúvidas sobre a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão anunciado ontem pelo presidente eleito americano, Joe Biden.
Além disso, o avanço da pandemia de covid-19 segue no radar, principalmente no Brasil, onde a explosão de casos da doença e o colapso no Amazonas acendem a luz amarela para o risco de piora em outros Estados. Nesta sexta o governo de São Paulo anuncia a reclassificação do plano de restrições, devido ao avanço da doença em algumas regiões do estado.
Apesar da pressão maior sobre o dólar, os dados das vendas no varejo vieram abaixo das medianas das estimativas do mercado, dando algum alívio à curva de juros, que mantém ligeiro ajuste de alta na ponta longa da curva. Segundo o IBGE, as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo da mediana das previsões (0,3%), calculada a partir das estimativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que esperavam desde uma queda de 0,60% a uma alta de 1,50%.
Às 10h26 desta sexta, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 4,99%, ante 4,96% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 projetava 7,15%, ante 7,10% do ajuste anterior.