Os juros abriram e seguem em queda nesta segunda-feira, 10, dando continuidade ao recuo observado na quinta-feira, 6, após deflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Apenas os contratos longos, chegaram a exibir viés de alta acompanhando o fortalecimento do dólar no mercado futuro. No segmento à vista, a divisa americana segue instável, alternando altas e baixas desde a abertura às 9 horas.
Os investidores estão atentos a novidades sobre a corrida presidencial. Nesta segunda, no início da noite, será divulgada nova pesquisa de intenção de votos do Datafolha.
Uma das perguntas que o investidor está na expectativa para saber como será o desempenho de Bolsonaro e, se, na terça, o PT anuncia o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como presidenciável pelo PT.
Na quinta-feira, as taxas futuras acentuaram o recuo visto desde cedo com a deflação do IPCA de agosto e fecharam em forte queda, em reação à notícia de que Bolsonaro tinha sido esfaqueado durante campanha nas ruas de Juiz de Fora (MG). As taxas já mostravam recuo firme desde manhã, a partir do IPCA de agosto, que teve deflação maior do que esperado, levando à redução das apostas de alta da Selic no Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro na curva a termo.
Na manhã desta segunda, foi divulgado o boletim Focus mostrando desaceleração das projeções do IPCA deste ano de alta de 4,16% para elevação de 4,05%. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,11%. O relatório trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano e para 2019, permaneceu em 8,00% ao ano.
Às 10h, o DI para janeiro de 2025 foi a 12,32% ante 12,32%. O DI para janeiro de 2027 exibia 12,76% ante 12,753% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2020 estava em 8,59% ante 8,67% no último ajuste. O DI para janeiro de 2021 marcava 9,85%, de 9,92% no ajuste de quinta-feira.