Juros descolam de ativos brasileiros e caem, com perspectiva sobre inflação

Ao largo do mau humor com ativos brasileiros na sessão desta terça-feira, 21, os juros futuros encerraram em queda em toda a curva, à medida que os investidores se concentram em evidências de acomodação da inflação após o choque de proteínas do mês de dezembro. Estes sinais de alívio se somam à percepção de que a atividade estava mais fraca no fim de 2019, e amplia as apostas de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic na reunião de fevereiro – agora, em 63%, de acordo com cálculos da Quantitas Asset Management.

"Os dados de atividade do mês de novembro vieram mais baixos. Além disso, em linhas gerais, as projeções para 2020 e as coletas de inflação trazem total tranquilidade para que se corte mais a Selic", afirmou o trader da Quantitas, Matheus Gallina.

Hoje cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,57% na segunda prévia de janeiro, após ter aumentado 2,06% na segunda prévia de dezembro.

O arrefecimento também deve chegar ao consumidor. Pesquisa do Projeções Broadcast com 41 instituições indica que o IPCA-15, que sai na quinta-feira, deve ser de 0,55% a 0,76%, com mediana de 0,70%. Em dezembro, o índice foi de 1,05%.

"À medida que nos aproximamos do Copom (nos dias 4 e 5 de fevereiro), os players que antes estavam no meio a meio começam a tomar um direcionamento mais claro, e os últimos dias têm tido uma força mais vendedora", disse Gallina.

Assim, a taxa do contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 caiu de 4,420% no ajuste de ontem para 4,390% (regular) e 4,395% (estendida). O janeiro 2023 passou de 5,660% para 5,600% (regular e estendida). O janeiro 2025 recuou de 6,390% para 6,340% (regular) e 6,360% (estendida). O janeiro 2027 cedeu de 6,770% para 6,730% (regular) e 6,760% (estendida).

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