Economia

Juros fecham com viés de queda no trecho curto e de alta na parte longa

Os juros futuros terminaram nesta terça-feira, 19, perto dos ajustes da sessão anterior, com viés de queda no trecho curto e de alta na parte longa. O desempenho do dólar ante o real, o leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) e a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã foram os principais vetores a conduzir os negócios nesta terça-feira.

Ao término da etapa regular, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 fechou com taxa de 13,865%, ante 13,880% no ajuste de ontem, com 134.230 contratos. O DI janeiro de 2018 (53.880 contratos) fechou estável em 12,67%. O DI janeiro de 2021 (82.140 contratos) encerrou em 11,99%, de 11,95%.

Pela manhã, os mercados passaram por um movimento de correção a partir de preocupações vindas do exterior, após um dado fraco sobre o sentimento econômico da Alemanha, balanços corporativos mistos nos EUA e tensão geopolítica. O dólar chegou a subir mais de 1% ante o real, em linha com o desempenho lá fora, puxando junto as taxas longas, sobre as quais também pesavam as operações relacionadas ao leilão de NTN-B. Passado o leilão, houve alívio no trecho longo, uma vez também que o dólar passou a renovar as mínimas do dia. Às 16h19, o moeda estava na mínima de R$ 3,2577 (+0,24%).

O Tesouro vendeu toda a oferta de até 500 mil títulos de longo prazo, sendo 113.450 papéis para 15/5/2035 e os demais 386.550 títulos para 15/5/2055, que, segundo profissionais da área de renda fixa, foi a maior colocação de NTN-B longa desde outubro de 2014. Nos prazos mais curtos, a oferta era de até 1,5 milhão de papéis e a instituição vendeu 1.156.650 títulos, sendo 852.600 NTN-B para 15/5/2021 e 304.050 títulos para 15/8/2026. O volume financeiro ficou em R$ 4,9 bilhões.

Quanto aos curtos, após uma manhã de estabilidade, os principais contratos passaram a exibir leve queda a partir do meio da tarde, com montagem de posições na expectativa de alguma sinalização sobre futuros cortes da Selic por parte Copom, que iniciou hoje sua reunião de política monetária de dois dias. Quanto à decisão, permanece o consenso em torno da estabilidade da taxa básica de 14,25% amanhã.

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