Economia

Juros fecham em alta com incertezas do cenário interno

Depois de dois dias de baixa, os mercados de câmbio e juros voltaram a ficar pressionados, encerrando nesta quinta-feira, 1, em alta. O cenário internacional mais ameno contribuiu para a queda das cotações pela manhã, mas o cenário interno repleto de incertezas trouxe a cautela de volta à tarde.

A principal expectativa dos investidores esteve relacionada à reforma ministerial a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Com o adiamento da sessão do Congresso para apreciar os vetos presidenciais, que agora deve acontecer na próxima terça-feira, há dúvidas quanto ao anúncio da troca de ministros. Para evitar ruídos na base aliada, a estratégia ideal do Planalto era divulgar a reforma ministerial – na qual se espera ampliação do poder do PMDB – somente após a votação dos vetos.

A sinalização de entrega de sete ministérios ao PMDB vem alimentando a esperança no mercado de uma melhora na governabilidade da presidente, com efeitos positivos no ajuste fiscal. Mas as incertezas quanto à CPMF e julgamento das pedaladas fiscais e da ação que pede impugnação do mandato de Dilma estão entre as preocupações que justificam a postura defensiva nos mercados.

Pela manhã, números indicando uma estabilização do setor industrial da China chegaram a animar os mercados internacionais, com reflexos positivos por aqui. O dólar foi às mínimas e a taxa do DI de janeiro de 2017, o mais negociado na BM&F, recuou até a mínima de 15,53%. A influência internacional positiva terminou com a divulgação de indicadores fracos nos Estados Unidos, que pressionaram os mercados de ações, câmbio e juros.

À tarde, o cenário interno passou a pesar mais fortemente e as taxas consolidaram o viés de alta. Nos negócios na BM&F, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 encerrou os negócios no horário regular com taxa de 14,68%, contra 14,615% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2017 terminou em 15,77%, de 15,60% do ajuste anterior. O DI de janeiro de 2019 ficou com taxa de 15,89%, de 15,82%. O vencimento mais longo, de janeiro de 2021, terminou com taxa de 15,65%, acima do ajuste anterior, de 15,60%.

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