Economia

Juros fecham em baixa, influenciados por dólar e cenário externo favorável

O mercado futuro de juros aproveitou a queda do dólar frente ao real e o dia mais tranquilo no cenário externo para corrigir nesta terça-feira, 8 os excessos das últimas sessões, levando as taxas a fechar em queda. As baixas foram mais significativas nos vencimentos mais longos.

A queda de 0,83% do dólar, após seis sessões consecutivas de alta, foi uma das principais influências para o mercado futuro de juros, por sinalizar menor pressão inflacionária. Mas o cenário internacional mais tranquilo, com alta das bolsas na Europa e Estados Unidos, também teve forte contribuição na queda das taxas.

A queda dos juros e do dólar, este após um leilão de linha feito pelo Banco Central, foi considerada positiva, mas pontual. Isso porque o cenário interno continua como o principal fator de cautela, limitando uma melhora mais consistente dos mercados de maneira geral. Em uma apresentação em Londres, a agência de classificação de risco Fitch disse que as dinâmicas de dívida no Brasil são desafiadoras, mas não “explosivas”. A Fitch afirmou que o Brasil tem desafios crescentes na questão fiscal e também no crescimento. A agência ressaltou que o crescimento médio de cinco anos está abaixo da mediana dos países com rating na faixa BBB e a inflação está bem acima da mediana desse grupo.

Na busca por um aumento de receitas que contribuam para o ajuste Fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou hoje em Paris a informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que o governo estuda um aumento do Imposto de Renda da Pessoa Física. Levy disse que está sendo feita uma discussão para encontrar as formas mais adequadas para viabilizar “uma ponte fiscal sustentável” e que um aumento no IR “é uma coisa a se pensar”.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,415%, contra 14,495% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 ficou em 14,86%, de 15,04% do ajuste anterior. O vencimento de 2021 encerrou o dia com taxa de 14,80%, contra 15,01% da sexta-feira.

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